Para qual cargo você estuda?
Você já tomou a brilhante decisão de estudar para concursos públicos e já definiu um cargo público específico. Isso é bom, mas qual foi o critério utilizado para a escolha desse cargo? Você estuda por vocação, status, qualidade de vida ou só pela remuneração? É bom pensar nisso, pois você pode passar o resto da vida realizado ou frustrado profissionalmente.
Neste artigo eu vou te explicar os 4 critérios que todo concurseiro utiliza para definir o cargo público para o qual vai estudar e mostrar quais são os critérios ideais para você escolher o cargo certo e passar o resto da vida tranquilo e realizado profissionalmente.
1 – Estudo por vocação
Tem coisa melhor do que trabalhar com aquilo que gosta? Nem parece trabalho. Aqui o sujeito desde cedo já sabe o que quer e só enxerga esse objetivo na vida. Estuda com foco e determinação para alcançar o cargo sonhado.
O estudo é prazeroso, pois o candidato sabe que a recompensa será trabalhar o resto da vida com o que sempre sonhou.
Ponto positivo: Realização profissional.
Ponto negativo: quando o cargo não coincide com uma boa remuneração. É o caso dos professores, por exemplo. Uma carreira fundamental , mas desvalorizada neste país.
2 – Estudo por status
Aqui o sujeito estuda para impressionar os amigos e familiares. O “cara” quer mais é dar carteirada. O pai enche a boca pra falar: “Meu filho é Juiz Federal”. Meu garoto é “Auditor Fiscal da Receita Federal”.
Desde a faculdade o candidato já sofre uma pressão de ter que passar em algo grande para impressionar os outros. O estudo é um peso para a pessoa, que quer passar logo, ficar livre da cobrança e finalmente ser respeitada no meio social e familiar.
Ponto positivo: além do status, geralmente o cargo oferece uma boa remuneração.
Ponto negativo: Possibilidade de frustração profissional e excesso de cobrança para alcançar o objetivo.
3 – Estudo pela qualidade de vida
A preocupação aqui é com os benefícios, carreira e a carga horária que o cargo público oferece. O sujeito quer mais é ficar tranquilo, com estabilidade e com tempo para se dedicar a outras atividades de que goste.
O estudo é determinado, pois o candidato só pensa na praia, viagens e outras formas de lazer de que poderá desfrutar depois que passar.
Ponto positivo: tempo para se dedicar a outras atividades prazerosas.
Ponto negativo: quando o cargo não coincide com uma boa remuneração.
4 – Estudo pela remuneração
O cidadão já estuda com a cópia de um contracheque do lado para se motivar. Não quer nem saber com o que vai trabalhar. O importante é quanto vai cair na conta no final do mês. Tem a falsa impressão de que depois que passar o dinheiro vai resolver todos os seus problemas.
A atividade que irá exercer não importa, pois vale a pena o sacrifício de não trabalhar com o que gosta. É o famoso: pagando bem, que mal tem?
Ponto positivo: estabilidade financeira.
Ponto negativo: frustração profissional.
Os melhores critérios para definir o cargo público
Agora que você já conhece os critérios que todo concurseiro utiliza para definir o cargo público para o qual irá estudar, é hora de saber quais os critérios ideais para você passar o resto da vida tranquilo e realizado na profissão.
O primeiro critério deve ser sempre a vocação. Você vai passar a vida toda motivado e realizado profissionalmente. Se puder conciliar vocação com boa remuneração, é perfeito. Se a remuneração não é boa, o ideal é tentar passar nos concursos da mesma área que tenham um plano de carreira melhor, ou tentar obter renda extra em outras atividades.
O segundo critério é a qualidade de vida. Você terá estabilidade, salário garantido no final do mês pelo resto da vida, e jornada reduzida. Se a remuneração for boa, aí é o paraíso. Se não for, você terá tempo disponível para se dedicar a outras atividades de que goste e complementar a renda.
Os piores critérios para definir o cargo público
Os piores critérios são status e remuneração. Estudar só status ou remuneração traz frustração profissional, desmotivação, e a sensação de que não valeu a pena todo aquele esforço para ser aprovado.
No caso do status, o sujeito atende apenas as expectativas de outras pessoas, mas frustra a si mesmo. A pessoa se torna um cargo, tendo que manter a imagem que todo mundo criou e espera dela. Com o tempo, a profissão acaba virando um carma a ser carregado pelo resto da vida.
Já no caso da remuneração, a pessoa tem um dia a dia desgastante no trabalho, pois não gosta do que faz e conta os dias para chegar logo a data de recebimento do salário, pois é o único dia em que é feliz profissionalmente. Com o tempo, percebe que a remuneração não vale esse sacrifício, mas pensa que já é tarde para procurar outra coisa e poucos têm coragem de sair da zona de conforto.
Conclusão
O ideal é sempre tentar conciliar vocação com uma boa remuneração. Se não for possível, tente complementar a renda com outras atividades, mas não desista de seu sonho.
Se você não sabe bem o que quer ou não se identifica com nenhum cargo público, opte pela qualidade de vida. Passe em um cargo com jornada reduzida e que tenha uma boa remuneração. Um exemplo é o cargo de Analista Judiciário de Tribunais.
Mas se a remuneração não for suficiente, utilize o tempo disponível para trabalhar com algo que goste para complementar a renda. Quando a pessoa faz o que gosta a remuneração é uma consequência natural.